Várzea Grande (MT), 11 de maio de 2024 - 12:17

Agro 360

01/01/2024 10:47

Análise do mercado de arroz ao final de 2023: Recordes e perspectivas para 2024

Comercialização Restrita e Desafios no Cenário Internacional Impactam o Fim do Ano no Setor de Arroz

O mercado de arroz encerra o ano renovando recordes, mas enfrenta desafios significativos que influenciam seu desempenho nos últimos dias de 2023. A comercialização do arroz permanece restrita, com grande parte das unidades de beneficiamento encerrando suas compras nas últimas semanas. A expectativa é de uma retomada do ritmo apenas na segunda metade de janeiro ou início de fevereiro de 2024.

O analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, destaca que o cenário atual é marcado por recessos de fim de ano, diminuição na demanda doméstica e esfriamento significativo das exportações, contribuindo para um ambiente de liquidez mínima. A fraqueza do dólar em relação ao real e a supervalorização das cotações internas também impactam, reduzindo a competitividade do arroz brasileiro no mercado internacional.

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A perspectiva é de que o mercado mantenha sua tendência ascendente, pelo menos até o início dos trabalhos de colheita da nova safra. Ao longo de 2023, o dólar teve influência nas dinâmicas do mercado de arroz, começando o ano acima de R$ 5,40. A atração do produto brasileiro para o mercado internacional impulsionou a demanda externa.

As indústrias, atentas às primeiras reposições do ano, elevaram gradualmente suas ofertas, impulsionando o mercado ao longo do ano. A expectativa de uma quebra na safra 2022/23 de arroz, devido aos reflexos do La Niña, e uma sólida demanda externa contribuíram para o aumento dos preços, projetando a menor safra em aproximadamente duas décadas.

A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou o dia 26 de dezembro cotada a R$ 125,39, apresentando avanço em relação à semana e ao mês anterior. Comparado ao mesmo período de 2022, houve um aumento expressivo de 36,11%.

O analista prevê a possibilidade de recuo nos preços por volta de fevereiro e março, com a pressão da safra brasileira e o aumento nas importações do Mercosul. Tradicionalmente, o mercado recua para os níveis de paridade de exportação nesse período.

Fonte: Portal do Agronegócio


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